Sobre Chimamanda Adichie, autora da nossa leitura da vez
Agora o Lolla tem um Book Club! A gente se juntou ao Projeto Sofia, da Kanucha Barbosa, e demos start ao #ClubedoLivroLollaeSofia. Eu sempre quis ter um Clube do Livro do Lolla, já tinha ensaiado algumas vezes, mas as coisas tem seus momentos certos para acontecerem. Então esta é a nossa estreia, do Clube do Livro e dos texto da Kanucha aqui para o Lolla.
por Kanucha Barbosa
A primeira vez que li o nome Chimamanda Ngozi Adichie foi no começo do ano passado, em uma capa de livro postada no Instagram com um título que me chamou bastante atenção: “Para Educar Crianças Feministas”. Não tenho filhos, mas fiz uma nota mental naquele dia de comprá-lo assim que eu virasse mãe. Assisti aos TEDs da Chimamanda e ela falava coisas como “todos deveríamos ser feministas” e “os perigos de uma história única”, sobre estereótipos, minorias, machismo e racismo... Uma mulher inspiradora, com ideias e palavras claras, assertivas e mais do que necessárias.
Nas últimas semanas, por causa da Rosa (criadora do The Lolla) e do nosso Clube do Livro, revisitei Chimamanda. Assisti novamente aos TEDs e pesquisei bastante sobre sua obra. Chimamanda é nigeriana e se define como uma contadora de histórias. Cresceu em Nsukka, cidade da Universidade da Nigéria, de onde seu pai é professor e sua mãe administradora. Sua mãe diz que ela aprendeu a ler aos dois anos (embora Chimamanda acredite que seja um exagero e que quatro seria uma idade mais próxima da verdade), e aos sete ela já escrevia suas próprias histórias. Se mudou para os Estados Unidos aos 19 e estudou em faculdades como Drexel e Yale. Seu primeiro livro foi “Hibisco Roxo”, de 2003, que, inclusive, ganhei de uma amiga em uma troca de livros no fim do ano passado .
Hoje, Chimamanda tem 40 anos e é superpremiada e reconhecida, além de ter projetos sociais em seu país para incentivar a leitura e a escrita. Eu a vejo como uma advogada em defesa da igualdade e da empatia. Suas armas são suas palavras. Contando histórias, ela parece genuinamente tentar romper estereótipos e paradigmas. Existe uma palavra que eu considero a minha preferida dos últimos tempos: “representatividade”. Que lindo seria se meninas e mulheres pudessem ter conhecido essa escritora em uma época quando Barbies e princesas da Disney reinavam absolutas (nada contra, adoro as princesas da Disney e como elas estão se desenvolvendo com o tempo). Eu realmente gostaria de ter sido uma adolescente com a chance se inspirar em pessoas como Chimamanda.
Depois de um intensivão em Chimamanda, não vejo a hora de começar a ler “Americanah”, o livro que eu e a Rosa escolhemos para estreia nosso #clubedolivrolollaesofia, uma parceria do site The Lolla com o Projeto Sofia, meu filho que criei há alguns meses para incentivar as pessoas (e me incentivar) e lerem mais.
*nota da escritora: sou freak da repetição de palavras ao editar um texto, tento sempre evitar. Confesso que foi intencional repetir TANTO o nome Chimamanda, que é tão gostoso e ler e falar <3
Para fazer parte do #ClubedoLivroLollaeSofia basta começar a ler “Americanah”, acompanhar as postagens no Instagram e compartilhar suas fotos e insights com a hashtag #ClubedoLivroLollaeSofia. Compre o livro Americanah na Cultura ou Amazon.