Lolla Talks na Casa 190, Os Melhores Momentos
Quando a gente teve a ideia do Lolla Talk na Casa 190, eu e a Carol Fontana estávamos debatendo a vida em um almoço baseado em abacate - incrível como eu fico com energia e sem fome com essa super food. Logo mais algumas receitas com uma pegada wellness vão aparecer por aqui, mas voltando…. Ficamos com vontade de levar esse debate para nossas amigas e outras mulheres que estão à nossa volta e passam por esse desafio de equilibrar todas nós em uma vida só.
O tal do work life balance é uma utopia, o que resta fazer é pensar na vida a curto, médio e longo prazo. Todos os dias alguma parte da sua vida vai ficar pendente. Um dia serão as crianças, outros o trabalho, alguns a casa e vários dias, você. Se cobrar para performar 100% em todas essa áreas não é só loucura, é burrice. Porque é impossível e você só vai se frustrar, o que deixa qualquer uma desanimada e é aí que nada anda. O que a gente precisa é baixar as nossas expectativas com a gente mesmo, com a nossa casa, nossos filhos e com quem a gente escolheu para dividir tudo isso.
O debate principal do talk surgiu em cima do texto "Construir Um Negócio E Criar Uma Família É Mais Desafiador Do Que A Gente Pensava" - a maioria das mulheres que lêem o Lolla tem entre 25-45 anos, ou já passaram ou estão passando por essa fase multiplicadora em que a nossa carreira está indo para o auge e nossa família está crescendo junto. Temos que lidar com fraldas e mamadeiras e no minuto seguinte tentar fechar um orçamento que vai te ajudar a dar um passo maior no seu negócio e agir como se isso fosse a coisa mais natural do mundo.
"Eu aboli a palavra ajuda em casa. Meu marido precisa saber que ele não está me ajudando quando ele troca uma fralda, ele está apenas fazendo a parte dele"
- Beatriz Florenzano, founder da Bea.
As mulheres nunca fizeram tanto ao mesmo tempo. Nas últimas gerações as mães tinham papéis mais claros, ou elas trabalhavam ou elas não trabalhavam, ou pelo menos elas não faziam as duas coisas ao mesmo tempo. Não existia email, Whatsapp, Google Hangouts e calls que permitiam essa mobilidade de fazer home office e "tentar trabalhar" enquanto seu filho brinca no tapetinho.
E os papéis em casa eram mais definidos. Hoje esperamos dos nossos maridos compartilhamento, que eles assumam responsabilidades com a casa e com as crianças, sem que a gente precise pedir.
"Eu sei que preciso ser menos controladora e deixar meu marido fazer as coisas do jeito dele quando eu não estou. Mas do meu jeito tudo funciona, quando eu não estou todos chegam atrasados, dormem sem escovar os dentes, é um caos"
- Anna Karina Lins, founder da Annaka.
SOBRE PARCERIAS
No final do talk, a mãe da Carol Fontana, deu o recado que me fez pensar muito. "Vocês precisam ser parceiros, acima de qualquer coisa. Não é uma compensação. A parceria entre o casal tem que ser natural, cada um contribui como pode e os dois se ajudam. Mas é sempre uma parceria, sem cobrança do que cada um vez"
Um ponto que é sempre importante quando a gente fala sobre construir um negócio, principalmente um negócio criativo/small business, é que provavelmente ele vai demorar para dar um retorno significativo e para ele crescer e deixar de ser um hobbie para ser um negócio, precisamos tratar nosso small business como big business desde o primeiro dia. E isso significa pensar em como vamos monetiza-lo, quais estratégias vamos usar para fazer esse negócio crescer, porque é só assim, quando o que você estiver fazendo tiver um valor de verdade, seja financeiro ou de impacto, é que o seu trabalho e as suas escolhas serão respeitadas dentro de casa.
A melhor parte dos talks do Lolla é que de alguma forma ele toca em questões que todo mundo que está ali se identifica de algum jeito, as pessoas ficam abertas a participar, comentar, se abrir. Nos talks do Lolla, eu estou super vulnerável e falo de questões super particulares minhas, mas que eu sei que estão na cabeça de outras mulheres que são como eu, de alguma forma. É o poder da vulnerabilidade, que a faz a gente entender sobre empatia e nos torna mais humanos.
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