Love Love Love, all you need is Self-Love

Love Love Love, all you need is Self-Love


O que viagens e amor próprio teriam em comum? De antemão eu digo: foi após minha primeira viagem “sozinha” que eu me olhei no espelho pela primeira vez e pensei: “Nossa, eu sou bonita”. Era uma manhã de fim de inverno, lembro com clareza daquele momento enquanto eu me arrumava para ir ao escritório. Naquela época eu ainda era uma estagiária num escritório de arquitetura, cheia de medos e desconfiante de que poderia alcançar vôos tão altos. 


Escrever um texto como esse exige coragem, se fosse naquele tempo eu não escreveria. Imagina, eu não tinha coragem de olhar no espelho direito, quiçá falar sobre um assunto como esse. Acontece que viagens nos deixam vulneráveis e propensos a viver o nosso lado mais verdadeiro. Posso dizer que em minha última eu amadureci muito, especialmente nesse sentido. Digo isso tanto porque me arrisquei com combinações de roupas diferentes do usual, fui à um first date de t-shirt e jeans - sem maquiagem (o que me impressiona até hoje!) - e ainda falei sobre como me assumir tão mais natural me deixava mais à vontade e mais leve sendo eu mesma. 


Um dia um menino que conversava comigo, olhou para mim e disse: “Você já fez voluntariado na índia, você se arriscou viajando sozinha por países exóticos e é super inteligente. Você é perfeita. É inacreditável que você esteja sozinha”. Naquele momento eu pensei em alertá-lo de que eu não era perfeita, mas pensei em como era bom esse “estar sozinha”, me levar nos passeios que quero, ir ao cinema, ao teatro, ao ballet, viajar.. tudo na minha própria companhia. E que na verdade isso não é estar sozinha, é saber viver bem na minha própria companhia e confesso que demorei muito para aprender sobre a importância do estar bem consigo mesma.


Esse é um aprendizado constante, por isso na última semana, quando percebi que estava deixando o trabalho tomar conta de tudo, me permiti uma pausa para focar mais em mim. Fui à palestra de uma coach badalada e aprendi sobre frases que devo banir do meu vocabulário e tudo aquilo que é negativo e me impede de realizar meus sonhos. Fui a um workshop sobre alimentação consciente e entendi como meu corpo conecta emoções e alimentos e, por fim, fui a uma beauty class. Ter esses momentos me fez encarar tudo de uma forma mais leve. O mais interessante não é terminar a semana e me achar bonita ao me olhar no espelho, parecer invencível ou ir tranquila tomar um café sozinha, mas sim que o  maior amor necessário de se ter é aquele que nos ensina a nos admirar por completo. 


Para “nos amarmos” é preciso entender cada passo da nossa jornada, cada pequena conquista. É olhar para seu currículo e saber que aquilo é muito mais do que apenas uma lista de achievements num papel, são passos da jornada que ajudou a formar quem somos. É evitar a auto-sabotagem e a síndrome do impostor, lembrando sempre o quanto você é maravilhosa, especialmente quando estiver prestes a aceitar menos do que você merece. É sobre se posicionar e saber falar “Não”, para qualquer situação que não lhe caiba, especialmente em relação ao trabalho, porque você sabe o real valor dele. Frida Khalo uma vez disse: “Onde não puderes amar não te demores”, e toda vez que a leio essa frase vou logo arrumando um pouquinho mais de amor-próprio, pois sei que essa jornada será longa.




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