Você Já Ouviu Falar de Síndrome do Impostor?

  Image Credits: Pinterest

by Maria Ruth Jobim

Há cerca de 2 anos, um pouco antes de eu me mudar para São Paulo, estava escutando ao podcast Monocycle da Leandra Medine (aka, ManRepeller). Ela estava falando sobre o sentimento de se sentir uma fraude, apesar de racionalmente saber que você tem algumas vitórias. Ou seja, por mais que você veja o que conquistou, existe um sentimento, uma vozinha que fica gritando que a qualquer momento alguém vai te descobrir. E, foi a primeira vez que escutei sobre a síndrome do impostor. Alguém se identifica? (!!!!) Era como se alguém estivesse descrevendo as minhas nóias e inseguranças que eu tinha.

As vitimas desta síndrome são pessoas com dificuldade extrema em creditar seu sucesso ao seu esforço, inteligência, dedicação, habilidade pessoal ou competência. Se convencem de que os elogios e reconhecimento não são merecidos, creditando o êxito a sorte, a algum fator externo, a alguma indicação, ao timing, mas nunca a si mesmos. A escritora Valerie Young descreve em detalhes, para quem se interessar, em seu livro “The Secret Thoughts of Successful Women”.

Sorte, timing, QI, etc, nada disso deve desmerecer uma conquista. É fundamental pensarmos que a mesma sorte, timing e QI poderiam ser apresentados para uma outra pessoa, que não necessariamente atuariam como você atuou e conquistou o que você conquistou.

Reconhecer as nossas vitórias, realmente reconhecer, é um passo essencial que eu tenho tomado para o meu crescimento pessoal e profissional. E, não só porque é bom sabermos o que conquistarmos. Mas ter o pé no chão de compreender o que foi bom, ajuda a ter lucidez em discernir o que poderia ter sido melhor. Essa compreensão torna mais claro a diferença entre profissional e pessoal. Que uma falha não diz sobre a personalidade ou a nossa capacidade geral. É apenas um erro, e é ok falhar de vez em quando. Mesmo!

E caso você não saiba, qualquer um pode sofrer destes sentimentos. Pessoas que a gente nem imagina, por parecerem tão fortes e auto-suficientes, muitas vezes carregam sentimentos e inseguranças muito similares as nossas, reles mortais. Por exemplo, a atriz Emma Watson declarou em uma entrevista à Revista Rookie que “Parece que quanto melhor eu me saio, maior é o meu sentimento de inadequação, porque penso que em algum momento, alguém vai descobrir que eu sou uma fraude e que eu não mereço nada do que conquistei”.

Hoje, tenho consciência do que é a síndrome, e que é real. O pior: pode levar a autosabotagem sem que a gente nem perceba. Se até aqui você se identificou, recomendo que você vá ler o livro da Valerie Young e compreender melhor sobre. Entender isto me ajudou a ficar atenta para os momentos que estou me sabotando. É um exercício diário, mas te garanto que vale a pena.


 

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