Eu percebi que preciso de projetos para manter a consistência das coisas. Como encaixar um rotina nisso?
Esse ano eu estou sentindo os efeitos das new years resolutions como nunca. Depois de passar um réveillon dormindo em São Francisco há uns 6 anos atrás (acordei 2h da manhã com o Anderson Cooper no réveillon da Times Square na TV) eu e Marcos passamos a não dar muita bola para esse grande dia que não muda nada.
Mas como 2019 ta com jeito de ano grandiosos, com muita coisa para look forward career wise, to mais agitada e levando mais a sério as minhas resoluções de ano novo. São tantos projetos para o Lolla que mal consigo organizá-los, o que não é tão bom assim, mas a minha cabeça está cheia o que me deixa muito empolgada.
E isso está refletindo em outras áreas da minha vida. Eu defini como meus três objetivos principais para 2019 eliminar pensamentos negativos (isso é muito difícil pra mim), fazer as coisas com intenção e ser consistente. Falei sobre isso e sobre as minhas resoluções de ano novo na Editor’s Letter de Janeiro. Ser consistente será o meu maior desafio, principalmente quando tenho muitos projetos ao mesmo tempo. Me empolgo super no começo, mas quando ele deixa de ser um projeto e vira rotina, quando eu preciso realmente fazer as coisas por ele, vou perdendo o estímulo até que outro projeto mais empolgante toma a minha mente e eu descarto a minha primeira idéia sem dó e uso uma desculpa qualquer para justificar essa minha rebeldia. Pelo menos isso é algo que eu já reconheço, já sei como identificar meu problema.
Agora, meu plano oficial, é com os compromissos que fiz comigo mesma. Todo começo de ano, desde que eu tive meu primeiro filho, eu foco no meu bem-estar. Sou uma pessoa do dia, acho que o horário de verão me deixa mais animada, mais empolgada. Adoro acordar cedo e antes das férias estavam conseguindo levantar às 6h da manhã para tomar café e ler os jornais e sites que curto antes de todo mundo acordar - ainda não voltei com esse morning me time tão necessário para o meu humor.
SOBRE EQUILIBRIO E WHITE GIRL PROBLEMS
Nessas últimas semanas só penso em wellness. Escolher alimentos que não causam inflamação, que fazem bem para o meu corpo e que não me deixam com a barriga inchada. Eu gosto de equilibrio, não vou deixar de comer uma pizza no domingo. Mas ontem escapei e comi dois pedaços da pizza que sobrou de domingo - e estou me culpando desde que acordei por ter feito isso. Foi em um pico de stress, depois de quase 2h fazendo o Phil dormir. Foi uma indulgence em um momento que quis jogar tudo para o ar. Mas escrevendo esse texto agora percebi que estou gastando mais tempo me culpando pelo pedaço de pizza do que percebendo que há dois meses atrás eu teria comido esse pedaço de pizza, não estaria nem aí para isso e nunca teria ido malhar pelo segundo dia consecutivo em uma semana com tanta coisa para fazer. E se fosse uma amiga me contando sobre o pedaço e pizza estaria ouvindo esse relato de forma blazé, achando tudo isso bem white girl problems.
SOBRE CONSISTÊNCIA
Fazia muito tempo que não malhava direito. Eu detesto academia, me sinto completamente deslocada no ambiente, me acho instável e flácida no meio daqueles aparelhos e corpos malhados. A única forma que funciona pra mim é com aplicativos, eu amo eles., thank you Kayla Itsines! Mas como é difícil me manter fiel a essa rotina. É aqui que a consistencia aparece. Eu sei o quanto vou me sentir realizada se daqui a alguns meses perceber que mantive uma rotina, fazendo algo que me faz muito bem. É o sistema de recompensas do livro O Poder do Hábito, do Charles Duhigg.
Gatilho - Recompensa - Rotina - Gatilho - Recompensa - Rotina - and so on…
Sempre fui cética com qualquer ensinamento que causa histeria coletiva (tipo ler O Poder do Hábito ou qualquer livro de autoajuda). Tenho um prepotência herdada que no plano real vira mais uma desculpa para não me envolver a fundo com meus propósitos, onde penso que "eu não preciso/acredito nessas coisas". Mas existem gatilhos que fazem o nosso sistema de seres humanos programáveis se superarem, acordarem e entrarem em um ritmo e sem as ferramentas adequadas, pouca gente consegue. Estou me permitindo aceitar que posso fazer parte de um coletivo, de uma comunidade, até para poder construir uma, essa aqui, do Lolla.
Hoje me permiti entrar no site do Tony Robbins, o cara da produtividade, pela primeira vez. Toda essa energia coletiva, que parecei treinamento de venda, me deixa desconfiada, fico distante e apreensiva. Mas decidi dar uma chance, quem sabe absorvo coisas que podem finalmente me ajudar a manter as minhas principais resolutions do ano.
Só preciso arranjar um maneira de não deixar essa empolgação ir embora, talvez criar mini projetos dentro do meu grande projeto para 2019? Alguém passa pelo mesmo problema? Help anybody?
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