O que Você Anda Comprando? Aliás, está Comprando Alguma Coisa?

Entrei na semana 10 de quarentena que começou logo depois que cheguei de viagem. Toda vez que viajo, fico um tempo sem comprar, como um detox. Comprei bem pouco nessa viagem para a Itália. Não sei quem eu quero enganar, eu adoro descobrir coisas diferentes e fazer umas compras inusitadas, mas dessa vez fui controlada demais - certamente estaria mais arrependida se fosse o contrário, fica para uma próxima, d’us sabe quando.Entrei no meu detox mesmo assim, não precisei fazer esforço algum, não precisava lembrar do detox para não comprar, não tinha a menor vontade, interesse, ânimo para fazer compras. Isso durou um mês. Depois de alguns dias comecei a me permitir querer/desejar algumas coisas e comprei meus cosméticos que estava precisando repor. Minha vitamina C da Tata Harper acabou e resolvi testar a CE Feluric da Skinceuticals, sempre ouvi reviews bons e to gostando so far. Quando eu passo, sinto ele grudar na pele e esticar, não dá nem para espalhar direito porque o dedo não escorrega. Também comprei um ácido hialurônico da Neostrata, que passo logo depois da vitamina C pela manhã. E como tomar sol está em um futuro distante (não que eu tome muito também) resolvi que era hora de zerar esses melasmas, to usando um gel que passo fim do dia por 20m da Dermage e minha pele está significativamente mais clara, embora os melasmas ainda estejam marcando presença. Nessas primeiras semanas, cuidar da pele me fez bem. Estava fazendo algo por mim e fazer essas pequenas compras me deixavam com alguma sensação de controle.Skincare virou meu assunto da quarentena, era onde eu desviava meu foco, assisto lives com a Joanna esteticista de NY que ensina várias massagens faciais pra fazer em casa, amo acompanhar o Instagram da Jenna Rennert, editora de beleza da Vogue US e a Dr. Shereene, dermatologista de NY com a suas #pillowtalks (o nome que ela deu para uma série de conversas sobre skincare). São lives com gente da indústria, tipo a Tata Harper e dicas muito legais e “normais” de skincare - tipo ela usa um creme da La Praire a noite no rosto, mas no pescoço ela passa o Skin Foods da Welleda para não gastar o creme de caviar no pescoço. Smart and fun.Fora isso, a quarentena me fez ver a vaidade do meu guarda roupa. Não tenho roupa de ficar em casa - quando as crianças nasceram e fiquei muito tempo em casa, me cuidar e me vestir de um jeito menos largada me ajudou a segurar a autoestima quando precisava me encarar no espelho. Mãe de gêmeos com uma criança de 1 ano e 1/2 em casa? Eu era um panda ambulante, exausta e estressada. Tinha algumas poucas peças de moletom e a minha preferida, toda estilosa, sumiu. Devo ter doado e não lembro, tenho esse rompantes quando fico muito tempo sem usar alguma coisa acabado doando e depois me arrependo.Comecei a procurar por conjuntos de moletom mais arrumadinhos e como é difícil achar. OK, sou muito específica, mas dando um google achei milhares de pequenos shops no Estados Unidos que vendem exatamente o que estava na minha mente, tipo essa Mate The Label. Dois conjuntinhos bege de moletom era tudo que eu queria para essa quarentena. Encontrei algumas opções na C&A (tem um post aqui sobre isso) mas sempre tem alguma coisa que poderia ser diferente - porque não fazer umas calças com a barra um pouco acima do tornozelo e com elástico na barra? Um pouquinho da canela de fora faz bem para os olhos, alonga as pernas, deixa o look todo mais “put together”. Acabei encontrando algumas coisas na Zara, e fiz minha primeira compra da quarentena. Estaria eu errada por não comprar do pequeno neste momento de pandemia?Eu tentei comprar do pequeno, lembrei que comprei um moletom tie dye (esse das fotos) em uma lojinha que achei pelo Instagram, quando chegou em casa descobri que era da Shoulder pela etiqueta, achei que estava comprando de uma marca própria, é uma multimarca, mas tudo bem. Eu comprei porque achei o que eu queria pelo preço que queria pagar, não foi apenas por ser do pequeno. Procurei incansavelmente pelo Instagram e pelo Google por marcas pequenas que fizessem um conjunto de moletom como eu gostaria, mas não achei nada. A não ser umas meninas que fazem moletom tie dye por encomenda, nesse Instagram aqui. Afinal, marcas assim não existem ou existem mas não aparecem nas buscas?Também comprei umas besteirinhas para o cabelo e acessórios, eles me fazem bem.No momento preciso de coisas básicas no meu armário, como os moletons, roupa de ginástica, calcinha e sutiã. É o tipo de compra que não me deixaria com peso na consciência, porque realmente eu preciso. Mas dado o cenário, o que é certo? Eu certamente não sei, mas acho que se for algo que você quer muito e pode comprar, não vejo porque não, é uma delícia poder ser indulgente. Acho que antes de partir para uma fast fashion, pesquisar nas marcas amigas e tentar comprar localmente é uma atitude quase civilizada, mas a Zara sempre resolve e também emprega muita gente. Como será nossa relação com as compras quando a pandemia acabar? Vamos consumir como antes? Acho que pouca coisa vai mudar no dia a dia, sinto que as mudanças serão mais macro e vamos sentir daqui um tempo, não será imediata.Mas e você, está comprando alguma coisa? Vamos debater!

Rosa Zaborowsky

Editor & Founder of thelolla.com and Mom of 3

http://www.thelolla.com
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