Uma Reflexão Sobre Meu Consumo Fashion

Agora que passou o carnaval, sinto que 2023 está finalmente começando, com isso gostaria de pôr em prática algumas das minhas resoluções de ano-novo, vamos chamá-las de resoluções-fashion! Tenho pensado em um assunto específico que gostaria de compartilhar com vocês: recentemente li um texto, no Substack da Becky Malinsky, que me fez refletir sobre meu método de consumo – de toda uma vida.

A velha promessa de como comprar melhor neste próximo ano. Parece que é um desejo recorrente e acaba nunca sendo 100% realizado. E aí justamente o ponto: devemos comprar tudo que for do nosso gosto?

Eu sou altamente influenciada por escolhas fashion de certas amigas (elas sabem quem são!) – temos um grupo de whatsapp extremamente exigente que é bombardeado diariamente com links e catálogos “ultra niche” - um gatilho recorrente na nossa rotina, já que desperta esse desejo de consumo a todo momento. UM PERIGO.

Por diversas vezes, nós 3 já compramos a mesma saia, o mesmo sapato ou a mesma choker. Vou fazer aqui uma ressalva importante: temos três estilos e tipos físicos diferentes, porém admiramos muito o senso estético das outras.

Aí que um tempo atrás, me ocorreu que alguns desses itens eu não estava conseguindo incorporar no meu guarda-roupas. Quando eu comprei eu absolutamente me APAIXONEI, mas o tempo foi passando e percebi que acabaram ficando encalhados, não foram boas compras no final. Porém, minha linha de raciocínio sempre foi: "só compro se for amor à primeira vista e não consigo viver sem isso!!” – bem, descobri que eu estava errada. Muito errada.

E esse é o grande insight da Becky: eu posso achar lindo e é do meu gosto – mas não entra no meu estilo: “o gosto é uma categoria geral em que as coisas que você ama se enquadram - mas nem tudo o que você ama precisa ser algo que você consome, tem ou veste. E nem tudo o que você ama vai se adequar a você. O estilo é algo mais específico, seriam as coisas que você ama, que você usa e fazem você se sentir única e confiante.”

Assim, penso: porque não posso me satisfazer em ver outra pessoa usando, e apenas apreciar essa peça nela? Precisamos de fato ter tudo que achamos lindo? Food for thought.