TGIF Reading List da CAMI CILENTO

Dizer que tive uma semana difícil é praticamente um eufemismo. E em semanas como essa algumas coisas são infalíveis para acalentar a situação. Algumas delas óbvias: um bom filme, uma boa noite de sono, uma taça ocasional de vinho, um jantar cheio de fofocas com as amigas, enfim todos bons acalentos. Mas um acalento que eu não esperava foi esquecer o Amazon e visitar uma livraria. Semana passada eu tinha lido um artigo na Fast Company sobre uma jornalista que decidiu descobrir o que seria a vida sem as comodidades do Amazon (https://www.fastcompany.com/90678885/what-its-really-like-to-quit-amazon) e esse artigo me deixou extremamente intrigada já que não existe um dia que não chegue uma caixa da gigante de e-commerce aqui em casa. E foi assim que tive um lapso de memória (que deve ter sido proposital e causado por esse artigo) e esqueci de comprar um presente na Amazon. Sem lenço nem documento, munida apenas do cartão de crédito digital que mora no meu relógio, visitei no meio do dia e com o meu filho a tiracolo a livraria do bairro e assim senti um acalento que não esperava. Aqueceu o coração, coisa que nem a melhor caixa do Amazon consegue fazer. 

  1. “OnlyFans May Be a Refuge for Nude Fine Art”, Valeriya Safronova para NYTimes: Uma rede social que tem dado o que falar aqui nos Estados Unidos recentemente é a OnlyFans, que é destinada apenas aos adultos e virou por essa razão o destino para fotos com nudez que são constantemente censuradas em plataformas como IG e Facebook. Instituições culturais tem um desafio enorme de mostrar o seu acervo nas mídias sociais quando as obras tem nudez, então quão maravilhosa foi a ideia da Associação de Turismo de Viena de usar a plataforma adulta para mostrar o seu acervo? Achei brilhante
  2. “The Observation-Deck Experience at One Vanderbilt Is Ridiculous”, Justin Davidson para NYMag: nos anos recentes NYC ganhou uma série de novos observatórios e o que fica no novo edifício One Vanderbilt em Midtown é o mais novo da lista. As empreiteiras adoram esse tipo de negócio pois ele traz uma constante fonte de receita para os prédios que recebem um número sem fim de turistas e na corrida de abocanhar uma parcela maior de visitantes esses observatórios tem recorrido a recursos de entretenimento que vão cada vez mais além da vista. Esse artigo conta um pouco sobre o relativo mau gosto dessas distrações de entretenimento quando a vista por si só deveria ser o suficiente. Achei a crítica interessante e vou deixar a dica de que se for visitar o One Vanderbilt vá para admirar a beleza inquestionável do Chrysler Building (já que nenhum outro observatório te permite ver as gárgulas desse edifício tão de perto). Ahhhhh, e não vá de saia se não quiser que o piso espelhado anuncie a sua escolha de roupa íntima também de um ponto de vantagem que nenhum outro observatório mostraria.
  3. “Meghan Markle: ‘Paid Leave Should Be a National Right.’”, Mia Mercado para NYMag: essa é mais uma nota do que um artigo profundo sobre o assunto, mas achei hiper interessante essa carta sair na mesma semana em que a Jen Psaki, secretária de imprensa da presidência, teve uma troca sobre esse assunto maravilhosa com uma jornalista na coletiva de imprensa diária da Casa Branca (se você não viu, dê um Google na expressão “Listen Emerald”). Semana passada eu comentei sobre como as leis trabalhistas aqui nos Estados Unidos fazem esse mercado de trabalho praticamente tirano e você no geral está nas mãos da compaixão do seu empregador. Acho esse movimento em relação a licença maternidade/paternidade extremamente importante, pois ainda vejo esse como um dos grandes bloqueios ao avanço das mulheres no mercado de trabalho americano ao lado da inexistência de opções de childcare universal assim como existem em outros países desenvolvidos.
  4. “Is the Sex and the City Reboot … Okay?”, Danielle Cohen para NYMag: quando as filmagens do reboot de Sex and the City começaram, fiquei empolgadíssima com as primeiras fotos que vi do set de filmagens. Mas desde então as filmagens se espalharam pelos quatro cantos da cidade e fotos da trupe de fashionistas dominaram os quatro cantos do meu IG. E a cada nova foto que aparece torço o meu nariz mais um pouco, questionando as escolhas duvidosas sem entender o contexto, e perdendo um pouco do interesse pelo reboot. Tenho certeza que vou assistir e muito provavelmente vou achar divertido assim como a autora desse artigo comenta, afinal não estamos esperando nenhuma obra prima, mas é pedir muito para eles pararem com os spoilers?!?
  5. “In the Company of Wes Anderson”, Mona Chalabi para NYTimes: falando em obra prima, se tem um diretor de cinema que faz meu coração pular várias batidas a cada novo filme, esse é o Wes Anderson. O que eu amo do trabalho dele é justamente o seu olhar peculiar que nos faz apreciar esse mundo em que vivemos e o seu dom de criar personagens tão densos e interessantes que fazem o seu amigo mais excêntrico parecer quase normal. Eu amei ler esse artigo que explora o magnetismo desse diretor: nele os atores que participam de sua obra mais recente, o filme “The French Dispatch”, contam sobre o que é fazer parte desse mundo maravilhoso e paralelo que o diretor criou.

TGIF e boa leitura ❥ 


Cami


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