TGIF Reading List da Camila Cilento

Eu estava limpando os meus notes do iPhone essa semana e encontrei as minhas resoluções de ano novo para 2020 e foi um choque porque percebi que 2021 foi o primeiro ano da minha vida adulta que não fiz nenhuma resolução de Ano Novo. Acho que 2020 foi um ano tão chocante e a chacoalhada que ele deu em nossas vidas foi tão radical, que eu entrei em 2021 simplesmente feliz por estar viva e com saúde. Ao encontrar aquela lista de resoluções esquecidas uma outra coisa também me chamou a atenção: uma das minhas maiores preocupações ao retornar ao trabalho depois da licença maternidade era ter tempo de qualidade com a família, coisa explícita em 3 das minhas resoluções. E com o lockdown de 2020 e a reabertura lenta em 2021 a verdade foi que de uma forma ou de outra o que mais tive nesses últimos 2 anos foi exatamente isso: a oportunidade de ter momentos maravilhosos com meu pequeno círculo familiar e a constatação do que realmente significa um tempo de qualidade. Uma dessas resoluções perdidas era ambiciosa: não usar o iPhone nas mesas de refeição. Agora que as vacinas estão sendo amplamente distribuídas aqui e no Brasil e que as fronteiras estão finalmente abertas, uma coisa parece estar voltando à normalidade: o fluxo de visitas de pessoas queridas e que me fizeram tanta falta. E o que eu mais quero para 2022 é exatamente o que eu queria em 2020: tempo de qualidade com as pessoas que eu amo. A diferença de lá para cá é que nesse período eu aprendi o que é estar presente no momento. 

1. “Is There Such a Thing as a ‘Sugar High’?”, Richard Klasco M.D. para o NYTimes: se você tem crianças ao seu redor já deve ter ouvido essa máxima de que o açúcar deixa as crianças agitadas. Então quando vi esse artigo logo me interessei: seria o “sugar high” uma lenda urbana?!?

2. “Missing Girl Is Rescued After Using Hand Signal From TikTok”, Daniel Victor and Eduardo Medina para NYTimes: A história desse artigo é simplesmente incrível: ela foi salva ao usar um simples sinal de mão e teve a sorte que uma pessoa que avistou sabia o que ele significava. Então se tem uma coisa que você precisa aprender essa semana é esse sinal.

3. “What Happens to Creativity as We Age?”, Allison Gopnik and Tom Griffiths para NYTimes: Eu falei na introdução dessa semana sobre tempo de qualidade com as pessoas que você ama. Eu acredito que a troca que acontece entre nós quando deixamos telas de lado é diferente e mais rica. Em especial com crianças pequenas: eu me impressiono como a minha imaginação melhorou desde que comecei a interagir com o meu filho com intenção, então achei esse artigo super interessante pois fala justamente sobre a nossa falta de imaginação quando adultos.

4. “A.I. is not ok”, Maureen Dowd para NYTimes: eu não sei vocês, mas acho esse assunto tão assustador e alguns pontos levantados por esse artigo são super pertinentes. Mais e mais vejo que pela praticidade adoto novas tecnologias sem me questionar o preço dessas decisões e acho que um dos preços altos que vamos pagar é justamente aquele relativo aos riscos da Inteligência Artificial.

5.“Loving your job is a Capitalist Trap”, Erin A. Cech para The Atlantic: E aqui vai o artigo que mais amei essa semana e fala sobre uma coisa que acredito demais. Já faz alguns anos que fiz as pazes com a minha carreira e acho que a chave para essa trégua é justamente o fato de que a minha carreira não é o centro do que me define.

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