Quando eu me abri demais e me senti super vulnerável.

Eu acredito ser uma questão de geração, mas fato é que a internet virou um palco para quem quer expor seus pensamentos e sentimentos. Minha mãe fica chocada quando eu faço algum mention aos problemas da vida, para ela e toda a sua geração, compartilhar os problemas e mostrar a sua vulnerabilidade é fraqueza. Certamente eles não conhecem Brené Brown, a mulher que parece ter descoberto a vulnerabilidade, e não devem dar a mínima para o que ela fala, passaram a vida mantendo suas questões privadas como acham que devem ser, privadas. Os mais sábios procuram ajuda e os teimosos tendem a se tornar chatos.Eu acho que nasci na geração certa, mas tendo a me questionar, mãe sempre faz a gente ponderar nossas escolhas né? Por tanto tempo elas estiveram certas quando a burrice da adolescência comandava as nossas ações. Eu escolhi escrever e fazer da minha vida o meu trabalho, mas foram anos struggling até assumir isso. E talvez por ainda procurar entender o que deve deve ser privado e o que pode ser compartilhado, às vezes me atrapalho.Outro dia fui jantar com duas novas amigas muito queridas, gente que o Lolla me trouxe de presente. Quando isso acontece, e não sinto nenhum desconforto de energia (algumas pessoas não vibram na mesma energia né? Quando me sinto assim prefiro não pagar pra ver e me afasto), me sinto à vontade o suficiente para conversar como se elas já soubessem do que estou falando, como se eu estivesse apenas relembrando um caso e não apresentando os fatos de uma historia pela primeira vez. As poucas vezes que nos vimos as conversas foram prolixas, nos juntamos para falar de trabalho, mas a pauta sempre volta pra dentro e cada uma dividiu historias pessoais, lutas internas e batalhas da vida. Mas eu senti que passei do limite do que me deixaria confortável e fiquei com uma ressaca por falar demais.  Não gosto de trazer assuntos pesados, existem tantas coisas interessantes para serem debatidas. Mas naquele momento e no contexto, fazia sentido. Foi libertador falar em voz alta o que eu estava sentido, mas não lidei bem com aquela vulnerabilidade toda.Isso já tem um mês, mas penso nesse jantar quase todos os dias e me faz questionar que talvez eu seja mais parecida com a minha mãe do que imaginava. Tento inverter os papéis e me imagino ouvindo as historias delas, isso me acalma porque penso que eu passaria a olhar pra elas com mais admiração.Você já passou por isso? Já teve a sensação de ter falado demais? Como lidou com a situação?PS: Big Little Lies: Friendship comes from and Amizade, minha main resolution para 2017

Rosa Zaborowsky

Editor & Founder of thelolla.com and Mom of 3

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