TGIF: READING LIST DA CAMI CILENTO
1. “Americans throw away too many clothes. Poorer countries are left with the waste.”, Terry Nguyen para Vox: não tenho uma amiga que não tenha aproveitado a pandemia para fazer um limpa no armário. Todos nós separamos itens para vender, itens para repassar para amigos e muitos itens para destinar à doação. A gente leva os itens para doação e automaticamente se sente bem em estar fazendo bem ao próximo. Mas a realidade é muito mais complicada do que isso: uma montanha de roupas nunca chega à ninguém, vão parar em lixões e esse artigo do Vox conta um pedaço da historia que eu nunca soube. Há anos vejo criticas feitas às marcas de fast-fashion, mas nenhuma ação em escala para solucionar os milhões de problemas que esse modelo de negócios gera. A gente sempre espera que um ente mais poderoso que a gente tome uma grande atitude, mas eu acredito que tem um pedaço dessa equação que mora em nós consumidores, que precisamos consumir com consciência e inteligência.2.“The Revolt of the American Worker”, Paul Krugman para o NY Times: Ahhh, o sonho americano… Quantas vezes eu não ouvi de conhecidos, amigos e parentes sobre a maravilha que devia ser viver o sonho americano. E realmente tem partes da vida nos Estados Unidos que são incríveis: no meu caso as primeiras duas coisas que vem a mente são a segurança e as oportunidades profissionais no setor em que trabalho. O que as pessoas falham em lembrar é o fato de que o mercado de trabalho americano é sanguíneo no seu tratamento ao trabalhador: a “America” é a nação sem férias e trabalhar nela está longe de ser um sonho, para vencer aqui você tem que batalhar demais. Aliás o problema não está só nas férias, ela é também a nação sem licença maternidade garantida e remunerada, sem limites nas horas da jornada de trabalho, sem garantias ao trabalhador. A gente pode criticar o Brasil o quanto quiser, reclamar o quanto a CLT é pro-trabalhador, e etc: mas eu não conheço ninguém que preferiria trabalhar sem a CLT, que não curta as suas férias garantidas e remuneradas, ou que não ame décimo terceiro salário. Garantias essas que são inexistentes aqui, dependem na realidade da “bondade” de cada empresa. Nesse artigo o Paul Krugman (jornalista que amo e que já ganhou um prêmio Nobel de economia) comenta exatamente sobre isso.3.“Enough With the Seltzer: The Booze-Free Cocktail Has Arrived”, Alix Strauss para o NY Times: Inúmeras vezes na minha vida adulta eu “tive” que ficar sem beber e eu que amo um bom cocktail ou uma deliciosa taça de vinho, me senti excluída do programa, condenada à água com gás e sucos detox. Eu comentei há uns meses atrás sobre uma nova tendência aqui: os cocktails sem álcool. E não estou falando de um suco sem álcool num copo alto com um guarda-chuvinha em cima: a nova tendência são receitas elaboradas e tão incríveis quanto o seu amado Gin Tônica. Uma infinidade de “spirits” não alcoólicos chegou ao mercado, eu já provei alguns e simplesmente amei, e esse artigo conta sobre as lojas que estão começando a aparecer e que se dedicam apenas à bebidas assim.4.“The Fight for Sneakers”, Daisuke Wakabayashi para NY Times: Há uns anos atrás fui no casamento de uma grande amiga minha aqui e o irmão dela estava lá no altar usando um Air Jordan. Achei moderno e descolado e super apropriado já que estávamos na Califórnia. O que me pegou de surpresa foi descobrir depois o quanto aquele tênis custava. Acelera 5 anos e cá estamos todos “obsessed” com Air Jordans e tentando achar um par tão ou mais “cool” do que o dos nossos vizinhos. A Nike, por exemplo, lançou uma plataforma online para vender os novos modelos e os lançamentos seguem um calendário que é publicado com antecedência prévio e que tem dia e hora marcada para entrarem online. Você ama um modelo, marca na sua agenda, se programa para tentar comprar e 1 minuto após o lançamento entrar online, adivinhem: SOLD OUT! Essa é uma realidade que já acontecia em shows e concertos, e agora dominou também o mercado dos tênis: super computadores vão lá e abocanham todo e qualquer estoque e você fica enlouquecido depois tentando achar no mercado secundário só para descobrir que o preço triplicou.5.“The Park Bench Is an Endangered Species”, Jonathan Lee para a The New York Times Magazine: Se tem uma coisa que eu amo no Central Park são os bancos. Eu amo quando tenho tempo de sentar em um deles e ver a vida passar. Amo também como cada banco tem uma plaquinha com um dizer ou historia que faz o meu coração pular uma batida (aliás você sabia que essas plaquinhas são vendidas para angariar recursos para a conservação do parque? Brilhante, né?). Voltando a história, amei esse artigo que fala sobre a escassez dos bancos em locais públicos e o quanto o design de muitos deles é ridiculamente desconfortável. Já me perguntei isso outras vezes, não só sobre espaços públicos, mas também em aeroportos e estações de trem…