TGIF Reading List da Cami Cilento

Eu estava aqui pensando sobre o que eu ia escrever essa semana, e ao invés de pensar conscientemente em algo inteligente, cá estou eu perdida no “metaverse” que é a minha mente tentando entender quem é o Pete Davidson e me perguntando se eu pegaria um ferry para Staten Island para ir num date com ele. Enquanto estou aqui tentando entender “who the hell?!?” é o mais novo namorado da Kim Kardashian, os papas do Vale do Silício estão lá tentando entender o que será do universo paralelo que estão criando. E eu sigo me perguntando se a internet que a gente já usa não é por si só um universo paralelo que me ajuda a fugir de todas as minhas responsabilidades para fuxicar a vida dos outros. A verdade é que passei a semana tentando entender como eu me sentia em relação ao “metaverse” até que eu encontrei o primeiro artigo da lista dessa semana. E você já está sentindo “FOMO”? Ai ai, é melhor eu seguir logo para as dicas de leitura… 

1. “Are You Missing Out on the Metaverse?”, John Herrman para NYTimes: simplesmente o melhor artigo que encontrei para conseguir fazer as minhas pazes (pelo menos no momento) com o conceito do “Metaverse”. O Mark Zuckerberg passou longos minutos num vídeo tentando explicar a sua visão para esse universo virtual paralelo, e eu sinceramente só conseguia pensar no ambiente sombrio de Matrix. Acho que o John Hermann, autor do artigo, descreveu muito bem uma verdade sobre as novas tecnologias: elas não são universos paralelos, e sim ferramentas. Sinto que ao dar a importância de universo para essa nova tecnologia é um pouco extremo, quando na realidade deveríamos estar entendendo qual será o novo papel dessa tecnologia, o que vai facilitar ou dificultar nas nossas vidas. Pode ser que em poucos meses eu esteja fazendo as minhas reuniões de trabalho usando um óculos de realidade virtual e como brilhantemente o autor destacou, ainda assim não vou estar vivendo no “Metaverse”, vou apenas estar trabalhando.2. “How to Avoid the Worst Parenting Mistake”, Emma Green para a The Atlantic: Talvez você tenha lido sobre a entrevistada desse artigo há uns meses quando algumas das constatações dela sobre o isolamento social e o fechamento das escolas viraram o centro de uma grande polêmica entre famílias aqui na costa leste. Adorei essa entrevista onde a Emily Oster fala sobre seu novo livro (“The Family firm”) e sobre o nosso processo de tomada de decisão baseado em dados. Uma das coisas que ela falou é também uma das melhores lições que a maternidade me trouxe: (em tradução livre) “eu entendi que apesar de uma boa logística e de boas decisões ajudarem demais a navegar esses tempos estranhos e difíceis, ainda assim eles não me davam controle e fiquei surpresa como a criação de filhos me força a reconhecer que tem certas coisas que a gente realmente não controla.”3. “When Royal Life Is a Horror Film”, David Sims para The Atlantic: Eu amo acompanhar a vida da familia real britânica e não faltam bons livros, documentários, séries, entrevistas e filmes que contam essas histórias. Mais um está chegando aos cinemas: o filme “Spencer”, de Pablo Larraín e que conta com Kirsten Stewart no papel de Diana. Esse artigo fala um pouco sobre o novo filme e pontuou algo que é muito importante saber antes de assistir a mais um filme sobre a Lady Di: grande parte desses trabalhos são obras de ficção baseadas em fatos reais. Então sim, o pano de fundo tanto da grandiosa série “The Crown” quanto do novo filme tem ligações com fatos históricos e conhecidos, mas o que realmente se passou entre as milhares de paredes de Sandringham em um Natal no começo da década de 90 é pura especulação. O filme ainda assim parece incrível e estou muito curiosa para assisti-lo.4. “Should Classic Rock Songs Be Toppled Like Confederate Statues?”, Jennifer Finney Boylan para o NYTimes: Esse é um assunto sobre o qual acho que realmente precisamos refletir e discutir. Há algumas semanas eu trouxe um artigo que falava sobre o cancelamento de figuras acadêmicas envolvidas em episódios moralmente questionáveis. O artigo que eu trouxe essa semana fala sobre uma outra gama de trabalhos artísticos e criativos que está à mercê do cancelamento: deveríamos nós censurar, deletar, esquecer músicas que sempre amamos e que marcaram a nossa história porque a nossa ótica moral mudou? Eu realmente não tenho uma resposta final sobre isso, assim como não tenho uma resposta se devo continuar a gostar dos filmes de um certo diretor que também cometeu atos questionáveis. E justamente porque não tenho uma resposta, acredito que devemos discutir esse assunto. Será que a gente cancela e joga tudo no esquecimento, ou reconta essas historias da maneira correta. Tem certas vezes que eu acho que o puro cancelamento apaga uma parte da história, e será que apagar uma história é a forma de correta de lidar com isso? Não sei…5. “We’re gonna need another space telescope”, Marina Koren para The Atlantic: Depois de tantos assuntos densos dessa semana, que tal voltarmos o nosso olhar para as estrelas do universo? Tenho uma fascinação por astronomia e adoro acompanhar as discussões dessa área da ciência. E essa semana foi publicada a “Decadal Survey”, um relatório que determina qual será o foco dos trabalhos de astronomia para a próxima década. Interessante né? Se você gostar do assunto assim como eu, vai achar interessante que o foco dos próximos 10 anos estará na busca de outros planetas como o nosso. Será que vamos achar? TGIF e boa leitura ❥Cami Ps: Eu acredito que para consumir bons editoriais e o trabalho tão interessante de tantos escritores devemos assinar os jornais, revistas e publicações que nos interessam. O trabalho deles tem um valor imenso e se queremos continuar lendo o que eles produzem nada mais justo do que pagarmos pelas assinaturas. Algumas publicações são mais liberais em relação ao conteúdo publicado online do que outras, permitindo que um número maior de artigos por mês seja acessado de forma gratuita, mas esses limites variam. Cabe a cada um saber qual informação tem valor para si e assinar aquelas que são mais relevantes.

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