TGIF: Reading Lista da CAMILA CILENTO

Dezembro chegou e com ele a minha cidade se transforma em uma verdadeira filial do Polo Norte. Fico sempre imaginando o terror que deve ser para as pessoas que não gostam do Natal e confesso que eu mesma tenho um relacionamento complicado com a data. Filha de pais separados e sempre no meio de uma competição ou ausência familiar, o Natal para mim nunca pareceu muito completo, era um sinônimo de divisão e também de muito trabalho para todas as mulheres da familia. Eu só fui criar uma nova relação com a data depois que casei e me mudei para Nova Iorque da primeira vez. Meu marido é alucinado por Natal, me deu o maior pito quando eu simplesmente não dei muita bola para o nosso primeiro final de ano longe da família, e fez questão de comprar um pinheiro de Natal. Lembro como se fosse hoje, no dia 24 de Dezembro de 2008 voltei para casa do trabalho e alguns floquinhos de neve caiam do céu e naquele exato momento, no meio do Hells Kitchen, percebi que eu estava autorizada a fazer as pazes com a data. O Thanksgiving dita o ritmo do começo dessa temporada e é mega interessante ver como a cidade já amanhece toda decorada para o Natal assim que o Black Friday chega. Os vendedores de árvores de Natal passam a dormir em suas vans ao lado das barracas cheias de pinheiros de todos os tamanhos e preços, o Exército da Salvação ocupa todas as esquinas tocando os seus sinos e arrecadando dinheiro para a caridade, as guirlandas passam a pipocar em todas as portas da cidade, o Starbucks passa a usar seus copos de Natal e fica difícil achar uma loja que não esteja tocando músicas de Natal. Você abre a porta da sua loja favorita e antes mesmo de dar os primeiros passos já ouve os sinos e a voz do Andy Williams anunciando “It’s the most wonderful time of the year, ding dong ding dong…”. Enfim, depois de muitos anos morando aqui, me converti e hoje a minha lista de músicas de Natal no Spotify tem mais de 12 horas ininterruptas de clássicos de Natal. Nova Iorque no Natal é realmente mágica e é difícil não se contagiar, até o Grinch mais comprometido, ao avistar a árvore de Natal do Rockefeller Center, fica meio na dúvida do porquê passou a não gostar mais do Natal.

1. “30 Hours with American Christmas, New York’s Go-To Holiday Decorator”, Benjamin Naddaff-Hafrey para NYMag: É incrível a transformação que acontece na cidade no final de semana do Thanksgiving e adorei esse artigo que fala sobre o trabalho frenético dessa empresa que veste a cidade inteira para o Natal.2. “Christmas Tree Questions? Ask the Mayor of Rockefeller Center”, Corey Kilgannon para NY Times: há mais de 20 anos Correll Jones trabalha no Rockefeller Center e esse artigo conta um pouco sobre o seu trabalho energético recebendo turistas e visitantes de todos os cantos do globo. É o tipo de artigo que enche o seu coração de boas energias…3. “Can we please stop with the Elf on the Shelf”, Carla Ciccone para o blog da Maisonette: Até pouco tempo atrás eu não tinha idéia do que o “Elf on the Shelf” era, afinal essa AINDA não é uma tradição entre os pais brasileiros. Pelo menos não na minha familia, e escrevi “ainda” assim em letras garrafais porque sei como vira e mexe tradições americanas se transformam em tradições no nosso país tropical do dia para a noite. Basta uma mãe começar… Então antes que as mães Brasil afora se empolguem, achei melhor dividir esse artigo.4. “Can we trust what’s happening to money?”, Peter Coy para NYTimes: Eu contei há algumas semanas sobre como é importante a gente se interessar ao menos em saber aonde os avanços do mundo estão nos levando e esse artigo sobre o dinheiro e sobre como ele está mudando é super interessante. Acho uma discussão extremamente atual e que tenho cada vez mais discutido nas minhas rodas…5. “How much would you sell yourself for?”, Rex Woodbury para a The Atlantic: E indo além do artigo anterior, deixo você com a pergunta que esse artigo faz: por quanto você se venderia? Mais e mais novos ativos financeiros tem aparecido, e esse artigo ele conta a história de um garoto de 23 anos que se transformou em um ativo “tokenizado”. O artigo é super interessante e fala sobre as regras sobre como estamos criando e capturando valor econômico estão sendo rescritas e sobre como isso tens aberto novas avenidas para se criar riqueza de forma descentralizada.

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