Mulheres em rede (no offline!): o real significado de sororidade

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Faço parte de um grupo chamado “BoardW” – são mulheres executivas e empreendedoras das mais diversas áreas que, mensalmente, se reúnem para debater algum tema relevante e contemporâneo, geralmente com a presença de um convidado especialista para nos conduzir nessas reflexões. Sempre volto super excited desses encontros; é uma troca tão rica, acolhedora e especial que me inspira de uma forma absurda.

Na última edição, que aconteceu agora em maio, não foi diferente: cheguei em casa eufórica. E, ao perceber toda minha animação, meu marido comentou que acha o máximo essa proliferação de grupos femininos que se unem para aprender, dividir experiências e compartilhar conhecimentos.

Foi aí que parei pra pensar que realmente esse é um fenômeno recente e, tks God, crescente. E, principalmente, que quando se trata de unir forças, nós mulheres somos boas nisso. Não vejo homens se reunindo nessa mesma proporção para discutir questões de carreira, paternidade, propósito... Que pena, aliás. Mal sabem eles como essa troca engrandece, inspira e colabora para nossa evolução.

A Beta Drable escreveu recentemente aqui sobre sororidade nas redes; agora quero falar de sororidade na vida offline. Em fazer alianças reais com outras mulheres; em criar grupos de ajuda mútua, de troca de ideias, de estudos, do que for. Sinto que nesses encontros há um ambiente tão grande de confiança que acabamos abrindo nosso coração e nossa alma. E ali, mostrando nossas vulnerabilidades, nos conectamos umas com as outras de uma forma muito, muito intensa.

Tenho recebido contatos de mulheres que querem encontrar um novo formato de trabalho, que querem empreender ou mesmo se redescobrir como profissionais. E uma das minhas dicas tem sido: encontre a sua turma. Una-se com outras mulheres. Chama duas amigas para um café e pensem em um almoço por mês para falar sobre algum tema em comum que vocês gostem, para o qual precisam de ajuda ou sobre o qual queiram aprender mais. Que tal cada uma contar sobre uma meta de vida e, a cada mês, mostrar para as outras o que conseguiu evoluir em termos de ações práticas para realizar esse objetivo?

Eu, por exemplo, combinei com uma amiga que mensalmente vamos nos encontrar para falar sobre nossas finanças, mas de uma forma bem aberta mesmo. Se gastamos mais naquele mês, será que emocionalmente algo nos influenciou? Vamos, juntas, analisar nossa relação com o dinheiro. Já com outras duas amigas empreendedoras tenho encontros pautados pelos dilemas de negócio: dividimos nossos anseios, nossos novos projetos e principalmente nossos medos – delas muitas vezes vem a força que eu preciso para renovar minha autoconfiança e aceitar um projeto desafiador, por exemplo.

Mas é claro que, como tudo na vida, é necessário algum esforço: nossa agenda/rotina tende a nos engolir. A chave aqui é realmente priorizar isso e fazer um esforço efetivo para que esses encontros aconteçam. No último almoço com essas duas amigas empreendedoras, uma atravessou a cidade e outra saiu correndo de uma reunião e, antes de buscar os filhos na escola, parou para almoçar comigo no único lugar que eu podia naquele dia, justamente por conta de uma agenda cheia de reuniões. Ou seja: houve um esforço efetivo da nossa parte para que o encontro acontecesse. Esforço esse mais do que recompensado com um papo incrível e renovador.

Estar em rede proporciona aprendizados mais rápidos, bonitos e com maior significado. Por isso, eu super recomendo: procure a sua turma e faça conexões verdadeiras. Isso tem trazido mais sentido pra minha vida.

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