Salvei a cor do meu cabelo no salão do Christophe Robin em Paris

Beauty

May 28

In partnership with Dominique Beauté

Pra mim meu cabelo sempre teve um tom meio castanho. Sabia que tinha uma visão um pouco distorcida da realidade e achar um fio de cabelo dourado no meio da escuridão me dava um boost de autoestima instantâneo. Depois de duas gravidezes, qualquer momento de boost de autoestima foi ficando pra trás, assim como meus fios dourados que agora simplesmente sumiram. All vanished. As pessoas começaram a me perguntar se eu tinha escurecido o cabelo (?) Porque alguém faria isso?

Comecei a considerar clarear um pouco meu cabelo há uns 2 anos, mas nunca encontrei alguém que fizesse o que eu queria aqui no Brasil. Acho que como na nossa cultura a maioria quer ficar loira, os coloristas fazem loiro bem, mas quando pegam um cabelo escuro como o meu as chances de uma tragédia anunciada é de 90%. Pensa naqueles fios claros em contraste com a base de um cabelo super escuro, criando um tom cinza nada parecido com cinza mescla das coleções do Alexander Wang. É um tom triste, que parece estar se recuperando de um devastante incêndio.

Foram dois anos pesquisando e um dia tomei coragem, não pensei muito e fui. Escolhi um cabeleireiro que tinha feito um workshop com um colorista de LA que eu adoro. A técnica dele é realmente boa, mas escorregou na cor e saí de lá com as pontas do meu cabelo douradas esturricadas. No primeiro dia tava tudo lindo, meu cabelo com uma super escova e ondas que favoreciam os highlights. Quando a realidade chegou ela veio como juros de uma fatura de cartão de crédito ignorada, dramática. Eu tinha duas mechas dourado cenoura na minha franja que estavam ali para iluminar o meu rosto - realmente todo mundo faz, aqui e fora, deve fazer sentido. Cabelo solto e minimamente arrumado, elas cumpriam a missão. Cabelo natural e preso no meu signature style messy bunny (sorry Meghan Markle), essas mechas tomaram outras proporções. Elas gritavam por atenção como uma groopie dos anos 70.

Eu sempre fui muito judgemental quando se trata das cores do cabelo alheio. Sei que não é muito altruísta, mas questiono as sartorial decisions de uma pessoa pela cor do cabelo que ela adota. E eu tinha virado o meu maior alvo de críticas.

Isso tudo foi na véspera de uma viagem para a Europa que ia terminar com 3 dias em Paris. Tava indo para a meca dos cabeleireiros, tinha que dar um jeito nisso lá. Uma amiga minha tinha tido um hair malfunction nos mesmos termos que o meu e comentou que salvou a cor do cabelo dela com uma tintura hidratante do Christophe Robin que a Olivia da Dominique Beauté tinha indicado. Eu pesquisei alguns salões antes de marcar meu horário e escolhi o Robin, porque queria alguma coisa que desse continuidade a cor que faria lá e achei que a linha de máscaras com cor seriam perfeitas pra isso. E o salão do Christophe Robin era super perto do meu hotel, no Quartier Montorgueil - decidi ser cool e ficar na nova parte trendy da cidade, do outro lado do rio, o que eu não amei, mais sobre isso depois. Mas pensei: quer maneira melhor de me despedir de Paris do que passar a manhã em um salão parisienne, me sentindo super francesa, transformando meu cabelo no verdadeiro cabelo de uma garota francesa e me sentido a própria garota francesa? Quase comprei baguetes na hora de voltar andando para o hotel só pra fingir que aquele era um sábado normal de uma parisienne - só faltou a minha bandana que eu perdi no primeiro dia em Paris e ainda não sabia que ganharia uma substituta mais tarde da minha querida amiga Mari, today a parisian herself.

O salão fica na Rue Bachaumont, uma das ruas mais charmosas do bairro. O endereço é recente, tem pouco mais de dois anos. Robin atendeu durante anos em uma suíte do Le Maurice, muito mais intimista, mas um pouco intimidador, ainda mais para Paris. Quem me recebeu foi a Andrea, uma portuguesa que trabalha como recepcionista do salão, o que foi maravilhoso porque a minha cabeleireira não falava inglês e explicar a minha frustração com meu cabelo em francês não ia rolar naquele momento. E foi quando eu escutei "nuances d'orange, carrote" (tons de laranja, cenoura), o que não é uma cor que você quer associada ao seu cabelo! Mas segunda ela, naturalmente, meu cabelo tem tons de laranja cenoura. Aqueles fios dourados que falei lá em cima e eram responsáveis pelo meu secret boost de autoestima existiam por causa dessa nuance d'orange, o que é ótimo porque ele pega cor fácil, mas é tricky porque com qualquer mudança de cor, ele pode manchar e passar para o laranja queimado. Que foi o que aconteceu com as mechas da minha franja.

Contar apenas com a máscara para escurecer o loiro cenoura que meu cabelo se encontrava não seria possível. A portuguesa foi enfática: seu cabelo vai ficar verde. O que foi confirmado pela Olivia da Dominique Beauté, única loja que vende os produtos Christophe Robin aqui no Brasil, e que adoro o mix de marcas de beauté francesas.

A Noémie trabalha com o Robin há dez anos, deixei ela completamente à vontade depois de explicar o que eu queria para decidir qual o melhor caminho e decidi just enjoy. Eu vesti um robe de seda technicolor que queria pra mim, o salão tem o cheirinho das velas da Maison Francis Kurkdjian e o decor do salão é lindo, com objetos e espelhos vintage que devem ter sido garimpadas no marché aux puces. E é extremamente silencioso e calmo. Os coloristas e hairstylists se moviam com calma, mas focados. A Noémie estava atendendo a mim e a outra cliente e me pedia pardon pela demora a cada checada de cor e dizia que a cor estava ficando perfeita. Todos foram doces e educados. E isso deve ser herança da gestão do Robin, ele tem fama de ser querido, generoso and charming e tem uma das marcas de produtos para cabelos mais bem sucedidas do mundo. Bem longe do esteriótipo que a gente tem do super hairstylist francês.

Noémie me indicou a Shade Variation Care Ash Brown para manter a cor, a tal máscara hidratante com cor. Aqui tem um vídeo com o Robin explicando como usar. Ele devolve a cor como se tivesse a coloração ontem e deixa o cabelo com um brilho lindo.

COMO USAR A MÁSCARA DE COR CHRISTOPHE ROBIN

De volta ao Brasil, passei na Dominique para improve o meu estoque de produtos da marca. Estou usando o Cleansing Mask With Lemon que é um tipo de esfoliante natural para o couro cabeludo que combate impurezas e resíduos de tintura - É tipo o Cleansing Purifying Scrub With Sea Salt para cabelos oleosos um dos produtos que mais aparecem no Top Shelf do Into The Gloss, e que deixa o cabelo com uma sensação de limpeza profunda, como se você descobrisse uma nova maneira de lavar o cabelo a ponto de ficar super excited por esse momento. E escolhi o Antioxidant Cleansing Milk with 4 oils and blueberry, um cleanser com alta concentração de óleos de plantas, rico em vitamina A e E, Ômega 3 e 6 que mantém os highlights e previne a oxidação natural dos fios, para cabelos secos. A combinação foi perfeito porque meu cabelo tem raiz oleosa e as pontas secas então alterno entre eles.

A minha irmã comprou a Regenerating Mask with rare prickly pear oil, uma máscara que é um dos best sellers da marca, que repara e acalma o cabelo diminuindo o frizz. Usei alguns dias em Paris e na primeira lavagem você já sente a diferença no cabelo que fica mais selado. Os quatro produtos foram o combo perfeito que eu estava buscando há meses para depender o menos possível de hidratação no salão, que eu sempre duvido do resultado a longo prazo. A cor eu consigo manter com a Shade Variation Care, preciso retocar a cada 6/10 meses - something to look forward pela minha próxima viagem a Paris. Ou aqui no Brasil, quando a Dominique Beauté inaugurar o salão que está planejado para ocupar o 2º andar da loja. Afinal vai ser french girl approved.