Um Ano de Home Office Forçado e Precisamos Falar Sobre Procrastinação Mais do Que Nunca
Por Rachel JordanNão deixe para amanhã o que você pode, e deve, fazer hoje. A frase é totalmente clichê, admito. Mas, sinceramente, é a que melhor traduz aquele desejo incontrolável que sentimos de ir adiando as tarefas menos prazerosas que precisamos executar no nosso dia a dia, não é verdade? De uma simples demanda doméstica ao compromisso profissional que é inevitável resolver, sempre achamos que seremos capazes de cumprir a “missão” em algum momento, e que não existe nada de mal em adiar em mais um dia. Quem nunca?Mas, a verdade, é que esse padrão de comportamento, denominado pelos especialistas como procrastinação, acaba trazendo muitos transtornos para a nossa vida e gerando problemas que podem comprometer nossa reputação pessoal e profissional, além de prejudicar a nossa saúde. Mesmo tendo absoluta consciência de que o ato de procrastinar prejudica o bom andamento da nossa rotina, além de nos causar estresse e ansiedade, confesso que ainda não consegui vencer totalmente esse desafio. E você, como lida com a questão?Há quem justifique tal comportamento argumentando que esse é um mal da vida moderna. Mas a literatura nos prova que não é bem assim. As civilizações antigas já sofriam com este problema que só foi piorando com o passar dos séculos. E até hoje, com uma vida cada vez mais corrida e que nos exige equilíbrio e sabedoria para lidar com tantas demandas, o ato de procrastinar parece estar enraizado em nossa essência. A boa notícia é que com uma gestão de tempo eficaz a gente consegue administrar melhor o problema e, quem sabe, procrastinar cada vez menos.Como abrimos um canal direto neste texto, posso falar da minha experiência e de como estou fazendo para evitar aquela sensação de culpa e de ansiedade que sempre toma contada gente quando sofremos para cumprir uma tarefa que nos foi confiada.Tenho a tendência de deixar para resolver quase tudo em cima da hora, é uma característica minha. Muitas vezes recebo a demanda com um bom prazo para executá-la, mas a sensação que tenho é de que funciono melhor sobre a pressão que o fim do prazo nos impõe. Em alguns casos, esse comportamento acontece até de forma inconsciente. E, embora sempre cumpra com os meus compromissos, essa postura, claro, me enlouquece e me deixa tensa sem necessidade. Óbvio, né? Para evitar tamanho estresse, tenho procurado me adiantar, na medida do possível, porque sei que no meu caso não funciona fazer muito antes. Coloquei um alarme na minha agenda para chamar atenção e estou gerenciando melhor o meu tempo fazendo diariamente uma lista de prioridades.Começo o dia cuidando da saúde física e mental com a minha rotina de exercícios. Depois administro as questões de casa para, em seguida, me dedicar ao trabalho e estabelecer as prioridades do dia. Dessa forma estou tentando evitar a enorme fadiga que o ato de procrastinar me causa. Afinal, é muito frustrante a sensação de que podia ter feito melhor ou de precisar ir dormir tarde, e mal, para cumprir o prazo de entrega. Tenho evitado esse dissabor. É importante termos consciência de que a procrastinação serve para camuflar outros problemas que nos levam a ter esse comportamento. Entre eles, questões de autoestima, ansiedade e posturas autodestrutivas. Que tal mudar esse roteiro e escrever essa história de uma forma diferente?Por Rachel Jordan