Free the Nipples: Sobre não usar sutiã

A primeira vez que eu ouvi falar sobre o movimento Free The Nipples foi em 2017 no desfile de comemoração dos 45 anos da Ellus. Um modelo e uma modelo cruzaram a passarela do São Paulo Fashion Week usando apenas calça jeans; e aquilo, ao mesmo tempo que me chocou - afinal, ainda temos o machismo enraizado em nós, contra o qual precisamos lutar todos os dias – também me fez entender que homens e mulheres podem estar com os “peitos de fora”, em um mesmo nível de igualdade, sabe?! Mesmo que somente por 2 minutos em uma passarela.

Mas quando falamos sobre sutiãs e toda a liberdade dos seios femininos de maneira geral, surgem sempre ótimas pautas nas rodas de conversa das mulheres, já que com o passar do tempo, o acessório foi mudando e agradando, ou não, a gregas e troianas. O sutiã foi usado pela primeira vez, officially, pela socialite norte-americana Mary Phelps Jacob, em 1914. Ela amarrou dois lenços de seda nos seios para usar um vestido de festa, o que logo virou sensação entre a elite nova iorquina e começou a ser desenvolvido de outras maneiras.

Muitas águas se passaram até chegarmos nos modelos que conhecemos atualmente. O sutiã tem diversas formas e atende a todos os tipos de gostos, tamanhos e estilos, pode combinar com o look, promover sustentação aos seios ou simplesmente causar ódio e desconforto. Para cada uma de nós, ele trás um sentimento diferente.

Eu, por muito tempo usei os sutiãs com bojo para passar a impressão de ter seios maiores, já que sou do time “peito pequeno”. Mas com o passar dos anos, fui percebendo que não precisava inventar uma realidade só para me encaixar, então passei a aderir aos sutiãs sem nenhum bojo ou armação. Porém, sair sem ainda é um problema, pois quando não uso sutiã, acabo usando os braços como proteção para evitar os olhares, ou então blusas bem mais largas. E conversando com algumas amigas, pude entender um pouco do relacionamento delas com o acessório e como se sentem em relação à liberdade dos seios.

Minha amiga Gabi Giatti é igual a mim, quando não usa sutiã, sempre dá um jeito de evitar os olhares. Já a Amanda ainda veste o item quando sente que será muito julgada ao sair sem. Diferente da Pietra, da Sabrina e da Fran, que desencanaram e não se incomodam mais com quem está olhando ou não para o look sem sutiã. E tem a Juliana e a Dani, que é minha irmã, elas usam protetores que cobrem os mamilos para então vestirem as blusinhas que quiserem (quem mais é adepta?).

Já a Maine, é do time “peitos grandes” e só sai sem o acessório se a blusa tem algum tipo de sustentação. Mas não é só ela, a Mirella e a Alice também não costumam ficar sem. E tenho as amigas que são team sutiã sim. É o caso da Cíntia, que é fã, da Nathali e da Gabi Alves que se sentem bem mais bonitas com. Já minha ex-chefe Carla e minha amiga de infância Michele, são do grupo que odeiam o acessório, mas não conseguem se livrar dele, assim como a Bruna e a Jacqueline, que também não o suportam, mas sempre optam pelos de renda e sem bojo.

Liberdade para cada mulher tem um significado diferente, e isso tem total ligação com o uso do sutiã, or not. Ele ainda é uma questão, mas cada uma vai desenvolvendo a sua própria relação com o item, se ajustando, buscando por novos modelos ou simplesmente, o abandonado. Independente de qual é a sua relação with free the nipples, estar feliz é o que faz a diferença, no look e na vida.

Em qual time você se encaixa? E como tem sido sua relação com os sutiãs e com os seios livres?

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