Food Diary: Israel
Em Julho fizemos a nossa primeira big family trip, para Israel. Marcos foi jogar as Macabiadas (o terceiro maior evento esportivo do mundo, só perde para as Olimpíadas e Olimpíadas de Inverno) e a família foi de groupie torcer por ele e pelo Brasil. Eu nunca tinha vivido uma experiência como essa. É uma sensação que eu não quero perder nunca, queria embalar o sentimento em um potinho e levar comigo pra sempre.Na hora de comer, a gente teve algumas experiências curiosas eu diria. Nosso hotel e o QG do time do Brasil era em uma cidade um pouco isolada e com poucas opções. A gente quase não teve tempo de ir para Tel Aviv, que tem restaurantes incríveis e viagem com crianças é sempre mais tricky... 1. Pizza (and salada) com queijo de ovelha ralado por cima. Embaixo do nosso hotel tinha uma deli charmosa, provavelmente a única da cidade, e que serviam uma comida delicia. O croissant era muito muito bom, mas o highlight ficou para as saladas e a pizza. As saladas vinham com um punhado nada discreto de queijo de ovelha ralado. Quando a minha salada chegou, acho que estava tão lindo e abundante que o Benjamin pegou meu queijo e colocou por cima da pizza dele e isso foi um caminho sem volta. O queijo fresquinho junto com o queijo derretido da pizza deu um sabor tão especial, eu nunca mais como pizza sem esse extra, pelo menos em casa. Com queijo pecorino também deve ficar incrível, vale a pena provar. Eu amo os queijos da Rima, compro perto de casa. 2. O melhor homus do mundo. Posso dizer que passei praticamente 15 dias almoçando ou jantando homus com salada e um pãozinho. Era minha principal fonte de proteína em Israel e apesar de não aguentar mais comer homus no 10º dia, agora estou saudosa e não consigo mais comer o homus que costumava comprar no supermercado aqui no Brasil. Quero a receita original do que comi em Israel, mas que não posso afirmar que é a receita original do homus, porque aparentemente ninguém sabe e é um disputa antiga entre judeus, árabes e entre os árabes inclusive. Achei uma receita que parece chegar perto do homus de lá, mas preciso fazer antes para provar. A consistência era diferente, mais pastosa e com menos pedacinhos e o sabor, dava aquela sensação que você ia pegar um pedaço amargo, mas esse pedaço nunca vinha. Acho que era a minha memória comendo um homus longe de ser delícia com essa pegadinha. 3. Salmão defumado. Um reminder para todo o sempre, ter salmão defumado para comer com cream cheese, coalhada, pepino azedo um bagel quando eu quiser splurge nas calorias. Eu queria muito gostar de ovo frito para jogar por cima só porque fica lindo. Estou considerando dar mais uma chance. O mais lindo que eu vi foi em uma restaurante em Jerusalem, no Mamilla. Um spot excelente para quem estiver indo no muro e quer comer alguma coisinha. 4. Appreciation post pelo McDonald's com queijo. Quase todos os McDonald's de Israel são kasher, o que significa que não tem queijo. Quem é kasher não mistura carne com leite, não pode comer um cheeseburguer. Ou come um hamburger ou come um queijo quente. Quando a gente encontrou um McDonald's que fazia um cheeseburguer para salvar a fome das crianças em um dos jogos, foi tipo Reveillon. 5. Shabbat rules. Sexta-feira a partir das 15h tudo começa a fechar e só abre de novo depois do por do sol no sábado ou no domingo. Alguns restaurantes em Tel Aviv e nas cidades maiores ficam abertos, e lotados. O primeiro shabbat eu ainda não estava tão esperta com os horários e sai correndo de ultima hora para comprar uns snacks para as kids. Os restaurantes dos hotéis ficam abertos, mas a comida não é fresca, e não tem nada quentinho. No café-da-manhã dá para fazer café misturando água quente que fica ligada desde a véspera misturando com café em pó e that's all. Minha dica é ver com antecedência onde vão jantar na sexta e almoçar o sábado, e garantir alguns snacks para do dia. 6. Pão com Zaatar. Um dia juntamos toda a nossa turma para um passeio no deserto. O almoço foi em uma tenda beduína, com um franguinho assado delicioso que a Stella repetiu umas quatro vezes. Mas o que salvou os meninos foi o pão com Zaatar e o calro, o homus. O melhor pão com Zaatar que eu já comi foi naquela tenda beduína, parecido com o do Saj para matar a vontade.