Andei pensando bastante sobre o que estamos perseguindo. Por onde anda a felicidade?

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Explico: há um tempo eu venho percebendo que a minha cobrança interior vem se manifestando fortemente. Assim, questionamentos como: “será que o que estou fazendo é suficiente?”, “será que estou atendendo às expectativas daqueles que eu amo?”, “será que eu estou organizando direitinho a minha casa?”. Pois é, essas perguntas vêm martelando o meu pensamento a ponto de não me deixarem relaxar e curtir o meu tempo livre.

Nos últimos meses, talvez pela insana rotina de trabalho do meu marido, eu acabei assumindo funções que, no fundo, eu mesma criei para mim de forma absolutamente desnecessária. Tipo, nas semanas em que o trabalho era em SP, não conseguia me desligar das funções da casa. Passei a ter uma over preocupação com as minhas kids de 4 patas (Lilie e Marie), então eu queria saber (demais) se estavam bem e comendo direitinho.

De uma hora para a outra, a minha to do list estava tão enorme que eu não conseguia desacelerar, a cabeça ficava a mil e o sono ia para a outra dimensão (pensei até em “demitir” os carneirinhos).

Até com o trabalho a cobrança era insana. Questionava o meu profissionalismo, a minha capacidade (hello, “síndrome do impostor”!). Isso que ainda estamos na metade do ano!

Às vezes, me pego pensando se toda essa cobrança vem de uma cultura quase desumana de que precisamos estar sempre perfomando no máximo da nossa capacidade e muito além das nossas condições, seja no trabalho, na vida pessoal ou nos nossos relacionamentos.

Tipo, se você não atingir o máximo da sua capacidade, você será um “derrotado”. Vocês também sentem isso? Gente, é uma quantidade de livros de autoajuda para cá e para lá, sobre tudo o que você ousar imaginar...

E junto com o tsunami do “ter que”, “não pode perder tempo” (até os Avengers estão sentindo o peso da idade!), a ansiedade invade a sua casa e se instala de mala e cuia.

E qual será o prêmio dessa corrida maluca? Alguém sabe? Talvez uma exaustão, seguida de uma prescrição. Triste, não é?

É necessário desacelerar. Eu, particularmente, não tenho a menor pretensão de ser exemplo de perfeição, de ter uma casa digna de capa de revista de tão organizada.

Só temos essa vida, certo?  Se vierem outras, nossas histórias e caminhos possivelmente serão diferentes. Tento, assim, deixar de me cobrar tanto, aproveitar e encontrar um ponto de equilíbrio. E, sim, não é crime não fazer nada nas horas livres!

Cada um que celebre a vida do seu jeito e pare de julgar o coleguinha. E ninguém precisa ser nenhum molde pré-estabelecido. Que sejamos leves, seguros e menos ansiosos - sim, estou aqui digitando e pensando que é difícil..., mas o custo de não tentar pode ser bem alto.

Vamos em frente! No nosso tempo e no nosso equilíbrio.

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