E você, acredita em astrologia? Sobre mapa astral, mercúrio retrógrado e afins.
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Não sei se os algoritmos das minhas redes sociais perderam um pouco a mão, mas nunca ouvi falar tanto de momento planetário, ciclo astral, teorias sistêmicas e outras coisas do gênero. Já estou avançada nos “enta”, mas ainda não decidi se acredito em Astrologia, e vivo oscilando a respeito. Às vezes me parece absolutamente non-sense achar que todas as pessoas que nasceram em um determinado dia e horário possam ter a mesma essência apenas por compartilharem um mesmo aspecto de céu ao nascer. Em outros momentos, acho uma insanidade não acreditar. Se os astros têm uma influência tão nítida em tudo o que é natureza, como no oceano, por exemplo, que dirá em nós, partículas infinitamente menores e mais suscetíveis nesse universo cheio de forças e movimentos.
E nesse pêndulo entre ceticismo absoluto e convicção profunda, acabo ficando no meu bom e familiar caminho do meio. Não sou conhecedora ou entusiasta mas, sempre que me vejo com um jornal ou revista em mãos, não consigo escapar da sessão do horóscopo, afinal, vai que, né? Quando ouço falar de mercúrio retrógrado (aparentemente ele seguirá em movimento de retrocesso até o final do mês), fico meio ressabiada, mas jamais deixaria de assinar um contrato importante por causa dele (isso se eu tivesse algum contrato importante para assinar). Nunca tinha procurado ativamente um astrólogo para fazer meu mapa astral, mas outro dia ele veio até mim, como que por força dos astros. Em um evento da nova coleção da marca de uma amiga, se encontrava uma profissional fazendo o mapa astral das convidadas. Novamente, não pude evitar! Depois de algumas ligações para minha mãe para saber o horário exato em que adentrei ao mundo, em pouco tempo a sábia mulher me explicou o significado daquela misteriosa combinação de traços, linhas, círculos e afins.
Posso dizer que 70% do que ela me disse fazem total sentido, enquanto que em relação a 20% precisei forçar um pouquinho a barra. Os 10% restantes sinto dizer que nem forçando muito a barra e nem nascendo de novo. Mas, afinal, existe sempre a exceção que confirma a regra. A astromante finalizou meu atendimento perguntando se eu gostaria de saber onde deveria passar meu aniversário, e ao ver minha cara de perplexidade, me explicou: muitas clientes a procuram anualmente para saber onde deveriam passar este momento celebratório. Ela arrematou dizendo que o posicionamento dos corpos celestes no momento de início de um novo ciclo astral pode ditar como será seu próximo ano. Apesar de ter curtido a experiência astrológica, agradeci a oferta, mas preferi passar a oportunidade da dica tão exclusiva. Se há uma coisa que faz a vida adulta ser mais divertida do que a infância - pelo menos para mim - é a possibilidade de fazer escolhas por minha própria conta e risco (desde onde passar o aniversário até as mais complexas). Já faz umas boas décadas que conquistei essa autonomia, e não vai ser agora que vou delegar minhas vontades aos astros, por mais poderosos e infalíveis que possam ser.
Pensamentos sobre isso? Vamos debater nos comentários