Como você faz compras?
My brand new Mari Giudicelli shoes
Eu tenho acompanhado meu comportamento de compras desde o ano passado, quando decidi fazer detox de compras após viagens. A melhor parte foi saber que eu posso ter controle sobre o que eu compro. Eu sempre fui e sempre serei compradora. Gosto de ter coisas que façam eu me sentir de alguma maneira, que definem meu lifestyle e quem eu sou. Por ser muito visual, tudo o que eu tenho em casa significa alguma coisa, tudo que eu compro tem algum propósito. Entram aí peças de linho para a casa, cerâmica, birkenstocks, velas, jeans, livros, óculos anos 70, camisetas e sweaters de cashmere e outras categorias amadas. Mas nem sempre foi assim.
Demorei para atingir uma maturidade de entender que nem tudo que eu admiro eu preciso ter, efetivamente. Comecei a encarar algumas coisas que acho lindas como as obras de arte de um museu, posso admirar sem comprar. Isso me dá um conforto enorme, é como se tivesse encontrado uma maneira brilhante de resolver uma ansiedade momentânea (querer muito alguma coisa) que seria substituída por outra ansiedade perene e mais desgastante (a de comprar e me arrepender), com muito controle. Acho que essa questão do controle é o trigger principal quando temos comportamentos que beiram ou são efetivamente, viciantes.
COMO COMPRAR SÓ O QUE VOCÊ PRECISA
A gente sempre escuta especialistas em consumo falando "só compre se você precisa". Mas precisar é tão relativo. Eu definitivamente não preciso de uma camiseta branca. Mas quando eu encontro uma que eu gosto, eu quero ter mais que uma. Quero ter algumas, e quero a preta e a cinza também. Eu não preciso dela no sentido mais cru da palavra, o de suprir uma falta no meu armário, mas preciso dela para suprir outro espaço, no caso da camiseta é a minha vontade de me vestir de uma forma super básica mas sem estar slouchy, é reforçar o meu estilo, quem eu sou e a mensagem que eu quero passar para o mundo.
Entender os diferentes precisar é o ponto para se manter no controle e cada um deve encontrar o seu. Funciona pra mim deixar a minha base bem sólida, que é feita de bons básicos e de peças que eu realmente vou usar. Nunca compro uma peça de roupa que fica boa somente com uma outra peça de roupa, não gosto de limitar as minhas opções. E isso diminui meus impulsos de compras na Zara. Adoraria alugar algumas peças da Zara, para usar uma vez e that's it. É legal ter acesso a algumas tendências, mas eu quando me desfaço daquela peça que comprei só porque estava todo mundo usando e no fundo não tem nada a ver comigo, a culpa que eu sinto não compensa o desespero de chamar a atenção para o fato de que você também é trendy.
Não há nada pior do que comprar algo que você não precisa para chamar a atenção de gente que não vale a pena, muito provavelmente são pessoas que você nem gosta mas que fazem você se sentir assim, exposta e vulnerável.
Outra tática que tem funcionado pra mim é perder menos tempo com marcas que você gosta mas nunca compra. Não estou falando dos super designers de fora, esses acho que devemos seguir admirando podendo ou não comprar porque convenhamos, são coisas incríveis que fazem a gente sonhar um pouco e não tem nada de errado com isso. Estou falando de marcas que te chamam a atenção por algum motivo mas que você nunca compra. Ou porque acha caro, ou porque acha que não vale quanto custa (a maioria das marcas premium brasileiras entram nessa categoria) ou porque nunca provou e fica só namorando. Eu tenho uma lista de marcas que eu gosto e compro e limito minha busca por coisas que quero comprar nelas, perco menos tempo e não poluo minha wishlist com coisas que posso me arrepender depois.
Eu adoro fazer wishlist e ficar esperando para comprar algumas coisas é o meu something to look forward. Quando eu finalmente compro, tem um gostinho especial, como esse sweater da Bella Freud que esperei dois anos para comprar, porque achei melhor assim.
MY RECENT SHOPPING
Essas foram as minhas comprinhas mais recentes e todas são coisas que estavam na minha wishlist há meses ou anos!
Tapete bergère - entre em qualquer apartamento cool em Paris que você vai encontrar alguma versão de um tapete bergère. Queria um há anos e evitava comprar por causa das crianças. Não investi muito e acabei comprando o meu na Zara, vou deixar para comprar um original fora, um dia. Voltou para a minha wishlist, mas ocupa o ultimo lugar. Por enquanto sigo super feliz com essa compra, que estava me perseguindo há uns quatro anos.
Bata Doen - desde quando a Doen lançou esse modelo de blusa, com a manga mais curta, ombros bufantes e elástico no final que deixa ela pouffy fiquei obcecada. A Doen é uma das marcas que eu sempre compro alguma peça quando viajo porque sou obcecada, não nego e “poderia ter um armário inteiro de Doen” como diz a minha bff. Em Outubro comprei um vestido, meu primeiro vestido da marca e usei em São Francisco no evento que fui. Chegando lá vi uma menina linda, super estilosa com essa bata que ficou morando no meu carrinho dias antes de optar pelo vestido. Mas agora consegui comprar, super happy.
Shampoo e Condicionar Oribe - ando testando shampoos e condicionadores livres de toxinas. Produtos orgânicos para a pele é algo que tem ficado na minha mente e não consigo parar de pensar que o corpo absorve todos os metais pesados e coisas tóxicas que usamos para lavar a cabeça todos os dias e que vamos pagar um preço alto por isso. Fora que essa embalagem não pode ser mais incrível. São produtos caros, mas que pra mim valem o investimento.
Garrafinha BKR de 1 litro - em casa todos tomam muita água. Eu devo tomar uns 3l de água por e recentemente comprei garrafinhas para as kids que elas levam para todos os lugares. Eu adoro essas de vidro, são mais saudáveis e mais eco-friendly. Já tive uma bkr que quebrou, mas sempre quis comprar a de 1L, você toma mais água se tiver fácil acesso. Essa só preciso encher duas vezes ao dia para bater a minha meta diária de consumo de água e não preciso gastar dinheiro e poluir comprando garrafas de água mineral.
Mule Mari Giudicelli (shop similar)- estão me perseguindo desde a mesma viagem para São Francisco. Dei uma parada em New York para visitar meu irmão e minha bff que moram lá e todas as garotas cool da cidade, inclusive ela, estavam usando uma mule da marca. A Mari Giudicelli é brasileira e ver uma designer de sapatos brasileira estourando lá fora dá muito orgulho, não?
ps: aqui no Brasil vende na Pinga
Planner Sugar Paper + Clare V - a Sugar Paper, marca de papelaria de LA que já apareceu por aqui diversas vezes. A Clare V. menos, mas deveria. É uma marca de Los Angeles, founded by Clare Vivier, uma americana de Montana casada com um jornalista francês que com certeza a ajudou a definir o estilo da marca. Com claras influencias francesas, é a marca de acessórios que eu mais curto no momento (trouxe uma carteira de presente para a minha mãe, a mais linda que eu já encontrei). Ela fez uma parceria com a Sugar Paper e lançou dois modelos de planners. Fiquei evitando essa compra porque já tenho dois planners para 2019, mas me conhecendo, sei que enjoo e gosto de testar diferentes configurações e layouts.