Além do LinkedIn: Flora Botelho da BS Social, plataforma que promove a cultura da doação

 

O que exatamente você faz?

Sou fundadora e executiva da BSocial, plataforma de doação online que veio para contribuir com a cultura de doação de forma democrática. Valores pequenos são importantes doar, fazem a diferença  e é um dos valores que a BSocial quer fortalecer, combatendo os mitos de que doar pouco não adianta nada, de que é coisa para os muito ricos e por ai vai. 

Como você conseguiu esse trabalho?

Meu irmão Marcos que está à frente de uma Venture Capital me apresentou essa ideia, já com nome BSocial e pediu para eu pensar em alguém que pudesse conceituar um negocio de impacto onde fosse possível contribuir para a sociedade de forma escalável.As duas primeiras e únicas pessoas que procurei toparam na hora o desafio. Minhas grandes amigas, Maria Eugenia Duva e Mariana Salles são as sócias perfeitas. Nós três somos pequenas doadoras, voluntárias e envolvidas – de formas diferentes – no terceiro setor há anos. Pensamos juntas no modelo de negócio e a BSocial surgiu em 2018. 

Como é um dia típico no escritório / homeoffice / coffeeshop?

Engraçada essa pergunta porque, no caso da nossa equipe, já passamos pelas três experiências:Começamos trabalhando no escritório da Venture Capital que lançou a ideia da plataforma, depois fomos para coffee shops quando foi preciso mudar o quadro societário e saímos da Venture com orçamento curto e, logo depois, veio a pandemia e nos acomodamos super bem em home office. Temos horários para reuniões periódicas e distribuição de tarefas bem definidas. Continuo acordando cedo, me arrumo para não deixar o clima da preguiça tomar conta e, a jornada de trabalho chega a umas oito horas em frente ao computador. Só não abdiquei da pantufa. Em casa, adoro conforto e um pé quentinho. Nunca mais usei salto alto. 

O que você ama sobre o seu trabalho?

Amo o que eu faço porque acredito nesse caminho. Estar comprometida, envolvida com alguma coisa te mantém com sanidade mental e, mais do que isso, saber que você contribui com alguém ou com alguma causa faz bem. Deveríamos pensar diferente e os estudos mostram: dar é muito mais gratificante que receber. 

Qual foi a melhor decisão que você já tomou sobre a sua carreira?

Não acho que dá para chamar de carreira. Empreendedor não tem carreira. Tem atitude, um perfil de experimentador, de ousadia, pois empreender é assumir risco, quando comparado com uma  profissão tradicional de carreira que te garante salário, 13° e férias.Empreender é um compromisso com aquela atividade sem nenhuma garantia que, pode durar anos, uma vida ou pode ter um ciclo mais curto. E tudo bem você finalizar a sua atividade e recomeçar outra completamente diferente.O importante é o seu drive para continuar a buscar o seu lugar. A melhor decisão foi reconhecer que não importa a idade, o importante é aprender sempre. Eu não paro de aprender e isso faz com que me sinta como na época da faculdade: jovem. 

Qual foi a pior decisão que você já tomou sobre a sua carreira?

A pior foi, em um momento da minha vida, me achar velha. Naquela época não me aprofundei em conceitos acadêmicos importantes porque o meu contexto social me fez acreditar que eu tinha que fazer o que eu acabei fazendo: focar no meu casamento. 

O que você estaria fazendo senão fosse isso?

Eu estaria experimentando outras empreitadas.  Tenho esse perfil. 

Como você organiza o seu tempo?

Não sou tão boa em administrar o tempo. Às vezes patino em uma tarefa e não saio do lugar. 

Qual você acha que é o seu maior super poder no trabalho?

Sou comunicativa e diplomática. Abro conversas com facilidade. Tenho as soft skills apreciadas hoje pelo RH de empresas. Meu marido diz que eu deveria ser Vereadora. Votariam em mim, rsrsrs. 

Qual é a sua maior fraqueza?

Sou desorganizada. E sofro com isso. Gostaria de melhorar. 

Como você toma decisões?

Uma vez ouvi de uma tia: “Nunca tome decisão de cabeça quente”. Isso me marcou e busco tomar decisões quando a poeira já baixou. Com toda a clareza e elementos de informação necessários.Em uma situação emocional, familiar, nem sempre é possível. Então, vale seguir a intuição. 

O que você lê?

Tenho lido menos do que eu deveria. Mas gosto de biografias. A última foi da Melinda Gates - The moment of lift.Li também: Talvez você deva conversar com alguém. Da americana Lori Gottlieb. Honesto e divertido. Adorei.Tenho hábito de reler trechos. Releio também do livro que escrevi: Sopro no espelho. Você sabia que escrevi esse livro? 

Qual você acha que é o segredo para chegar onde chegou?

Acho que eu ainda não cheguei, estou no caminho rs. O meu desafio é um contínuo processo de crescimento. Acredito que sucesso é estar envolvida e feliz com isso. 

Qual hora do dia você se sente mais produtiva?

Sou super produtiva de manhã. Ou quando não estou na pressão com deadlines. Costumo brincar em casa que, quando “não tenho nada para fazer”, sou super produtiva. Como agora, nesse sábado de manhã. 

Quais ferramentas você usa para melhorar a produtividade?

Adoro meu MacBook Pro e iPhone

Agenda de papel ou Google Calendar?

Agenda de papel com certeza para notes rápidos, metas e assuntos diversos. 

Com qual roupa você se sente mais powerful para trabalhar?

Hoje em dia com a mais confortável. Troquei a calça de alfaiataria e o sapato pela calça cargo e tênis. Mantive a camisa branca. Básica sempre. 

Work snacks?

Não tenho criatividade para snacks. Estou sempre com fome, rs. 

Qual foi a maior experiência profissional que você já teve?

Foi no meu 1° emprego em um banco pequeno de investimentos que se tornou um gigante. O BBA. Os profissionais mais incríveis que conheci ainda sao de lá. Ou passaram por lá. 

Quem é você no escritório?

No meu ambiente de trabalho sou uma pessoa do time como outra qualquer. Somos diferentes e  complementares. O que minhas sócias e assistentes fazem eu não sei fazer. E vice versa. Gosto dessa troca saudável, desse espírito colaborativo. De rede. 

O que você procura quando está contratando alguém para o time?

Procuro alguém com entusiasmo em aprender, mas ao mesmo tempo que seja pró-ativa, que tenha também algumas habilidades técnicas que me faltam. 

Como você concilia o trabalho com a maternidade?

Essa parte é sempre a mais complicada na cabeça e no emocional de uma mãe. Já sofri muito com isso. Hoje minhas filhas estão maiores. A caçula de (quase) 13 anos demanda mais. Filho quando chama, a gente sai correndo. É prioridade, não tem jeito. Tenho 3 meninas. Moças, aliás (13, 17 e 18) 

Qual é o principal desafio em empreender?

O desafio além de tudo que foi falado é você ser resiliente. Às vezes o caminho fica escuro. Dá medo: de falhar, de não ter dinheiro, de não agradar, de errar. Precisa domar a insegurança. Fortalecer seu compromisso e seguir em frente.  

INSTAGRAM:@bsocialoficial 

SITE: www.bsocial.com.br

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